Regina
Guerreiro é uma jornalista
brasileira.
Foi editora e diretora da Vogue durante 14 anos, estagiou na Harper's Bazaar,
abriu uma empresa de consultoria de moda no Brasil e é considerada por muitos como uma autoridade no mundo
da moda.
Para o Mês de março a
revista LOLA traz em sua rapidinha, a jornalista de moda Regina Guerreiro. Ela fala do orgulho de ser uma pessoa solitário
pela sua sinceridade, desmistifica o que
seja tendência e dá conselhos aos fashion victims.
Regina Guerreiro é um
personagem?
Sem dúvida! Aliás, a Regina Guerreiro de verdade pouquíssimas pessoas têm e terão a chance de conhecer. Para esses poucos, sou uma pessoa doce, que gosta de coisas simples. Gosto de cozinhar, receber meus amigos, ler... Uma pessoa assim meio incolor e invisível, mas de verdade.
O que é o melhor do mundo da moda?
É quando ela passa...
E o que é pior?
É a confusão que virou essa coisa famigerada chamada tendência. Todo mundo quer estar de não sei de que jeito porque não sei quem mandou. Acorda! Faz o que você tem vontade, com a cara que você tem! Tendência, com essa globalização, é palavra que não existe. Então a gente tem que olhar mais para a alma da roupa.
Quem é melhor na moda brasileira hoje?
É o Pedro Lourenço, seguido de perto pela mãe, Gloria Coelho. A moda dela é muito bem feita. Não estou falando de tendência não, estou falando de capricho, de entrega, de paixão.
Quem é pior?
Tem tantos, meu bem, só abrindo o dicionário...
"Humor ácido" e "sarcasmo" são termos que costumam aparecer ao lado do seu nome. O crime compensa?
Não sei se isso se chama crime ou espontaneidade, veracidade. É claro que é mais fácil ser simpático. Mas quem disse que o mais fácil é bom? Claro que é difícil, a gente carregar um peso pesado, quase de solidão. Mas também olho no espelho e me orgulho, porque eu sou eu.
Ser um "mito da moda nacional" tem um pesinho ou é só bom?
É aparentemente glamouroso, mas por outro lado é doloroso.
John Gallliano, Marc Jacobs ou Karl Lagerfeld?
John Galliano. Não porque a moda que ele fez seja moda, é quase figurino, uma coisa teatral. Mas são essas loucuras que empurram a moda para a frente. Se não, a gente cai na mesmice universal. Pinga uma coisinha lá, ela respinga na gente - e é isso que é a moda que vai mudando.
Qual o segredo para sobreviver quase 50 anos na moda?
Sabe, tudo o que a gente gosta muito, a gente perde. E eu nunca gostei muito de moda. Ela é tirana.
Peruca ou escova?
Depende. Se estou com pressa, é ótimo uma peruca, que funciona como chapéu. Quando não estou com pressa, é claro que prefiro meu cabelo lindo, escovado, voando ao vento!
Qual é o acessório indispensável para uma dama?
Um perfume bom, que não seja enjoativo.
"Menos é mais." "Isso é tendência." " Essa é a peça da estação." " O importante é encontrar o seu estilo." Essas coisas são grandes verdade da vida ou são grandes bobagens?
É tudo tão flutuante, as pessoas têm mesmo é que saber surfar.
O que os jovens precisam saber sobre você?
Que sou uma mulher maravilhosa. E que eu gosto de dividir tudo o que eu sei, não tenho essa coisa de guardar para mim. Quem está comigo está com Deus - e eu estou dividindo a divindade!
O que os velhos precisam esquecer sobre você?
Nada, e é uma pena se eles perderem a memória.
por Lola Magazine ( ed: março)
No dia 13 de fevereiro último, foi lançado em São Paulo o livro de Regina Guerreiro com o título Ui!
"Nele temos textos sem ordem cronológica, que nos dão algumas informações e notas sobre as muitas décadas em que ela, uma das mais famosas editoras de moda do país, conta lembranças, graças e dificuldades de seu trabalho como editora das duas principais revistas dos anos 80, Elle e Vogue, além de pensamentos e fatos de sua vida pessoal.
Regina tem uma qualidade que poucas editoras de moda no mundo têm: é tão boa de texto como de imagem. Ela consegue elaborar um texto delicioso cheio de exclamações, surpresas e achados que não escondem (nem tentam esconder) uma crítica ferina e exigente - e ao mesmo tempo ser uma diretora de arte imaginativa e audaciosa que criou surpreendentes e inovadoras imagens para as revista brasileiras, colocando-as num patamar internacional. Taco a taco."
( segundo Gloria Kalil)
Sem dúvida! Aliás, a Regina Guerreiro de verdade pouquíssimas pessoas têm e terão a chance de conhecer. Para esses poucos, sou uma pessoa doce, que gosta de coisas simples. Gosto de cozinhar, receber meus amigos, ler... Uma pessoa assim meio incolor e invisível, mas de verdade.
O que é o melhor do mundo da moda?
É quando ela passa...
E o que é pior?
É a confusão que virou essa coisa famigerada chamada tendência. Todo mundo quer estar de não sei de que jeito porque não sei quem mandou. Acorda! Faz o que você tem vontade, com a cara que você tem! Tendência, com essa globalização, é palavra que não existe. Então a gente tem que olhar mais para a alma da roupa.
Quem é melhor na moda brasileira hoje?
É o Pedro Lourenço, seguido de perto pela mãe, Gloria Coelho. A moda dela é muito bem feita. Não estou falando de tendência não, estou falando de capricho, de entrega, de paixão.
Quem é pior?
Tem tantos, meu bem, só abrindo o dicionário...
"Humor ácido" e "sarcasmo" são termos que costumam aparecer ao lado do seu nome. O crime compensa?
Não sei se isso se chama crime ou espontaneidade, veracidade. É claro que é mais fácil ser simpático. Mas quem disse que o mais fácil é bom? Claro que é difícil, a gente carregar um peso pesado, quase de solidão. Mas também olho no espelho e me orgulho, porque eu sou eu.
Ser um "mito da moda nacional" tem um pesinho ou é só bom?
É aparentemente glamouroso, mas por outro lado é doloroso.
John Gallliano, Marc Jacobs ou Karl Lagerfeld?
John Galliano. Não porque a moda que ele fez seja moda, é quase figurino, uma coisa teatral. Mas são essas loucuras que empurram a moda para a frente. Se não, a gente cai na mesmice universal. Pinga uma coisinha lá, ela respinga na gente - e é isso que é a moda que vai mudando.
Qual o segredo para sobreviver quase 50 anos na moda?
Sabe, tudo o que a gente gosta muito, a gente perde. E eu nunca gostei muito de moda. Ela é tirana.
Peruca ou escova?
Depende. Se estou com pressa, é ótimo uma peruca, que funciona como chapéu. Quando não estou com pressa, é claro que prefiro meu cabelo lindo, escovado, voando ao vento!
Qual é o acessório indispensável para uma dama?
Um perfume bom, que não seja enjoativo.
"Menos é mais." "Isso é tendência." " Essa é a peça da estação." " O importante é encontrar o seu estilo." Essas coisas são grandes verdade da vida ou são grandes bobagens?
É tudo tão flutuante, as pessoas têm mesmo é que saber surfar.
O que os jovens precisam saber sobre você?
Que sou uma mulher maravilhosa. E que eu gosto de dividir tudo o que eu sei, não tenho essa coisa de guardar para mim. Quem está comigo está com Deus - e eu estou dividindo a divindade!
O que os velhos precisam esquecer sobre você?
Nada, e é uma pena se eles perderem a memória.
por Lola Magazine ( ed: março)
No dia 13 de fevereiro último, foi lançado em São Paulo o livro de Regina Guerreiro com o título Ui!
"Nele temos textos sem ordem cronológica, que nos dão algumas informações e notas sobre as muitas décadas em que ela, uma das mais famosas editoras de moda do país, conta lembranças, graças e dificuldades de seu trabalho como editora das duas principais revistas dos anos 80, Elle e Vogue, além de pensamentos e fatos de sua vida pessoal.
Regina tem uma qualidade que poucas editoras de moda no mundo têm: é tão boa de texto como de imagem. Ela consegue elaborar um texto delicioso cheio de exclamações, surpresas e achados que não escondem (nem tentam esconder) uma crítica ferina e exigente - e ao mesmo tempo ser uma diretora de arte imaginativa e audaciosa que criou surpreendentes e inovadoras imagens para as revista brasileiras, colocando-as num patamar internacional. Taco a taco."
( segundo Gloria Kalil)
Então... vale a pena conferir!
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